20/09/2009

História do Oscar no Brasil

Achei interessante esse tópico que eu encontrei no Bacon Frito e resolvi repassar aqui.
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Orfeu Negro

(Marcel Camus, 1959)

Poucos sabem, mas logo na primeira vez que o Brasil apareceu na cerimônia do Oscar, levou a estatueta (de melhor filme estrangeiro). O que acontece é que apesar de se passar no Brasil e ser uma produção conjunta entre Brasil, França e Itália, o diretor Marcel Camus era francês. E como a regra do Oscar em questão diz que a nacionalidade do diretor define a do filme…
A obra em questão conta a história de Orfeu e Eurídice, inspirada no mito grego, ambientada em uma favela do Rio de Janeiro em pleno carnaval.. A adaptação ambientou a obra no Brasil, em uma favela do Rio de Janeiro, na época do Carnaval. Quarenta anos depois ganhou um fraquíssimo remake com Tony Garrido no papel principal.

O Pagador de Promessas

(Anselmo Duarte, 1962)

Primeira produção estritamente brasileira a concorrer a categoria de melhor filme estrangeiro (e levar a Palma de Ouro em Cannes). A história de Zé do Burro (Leonardo Villar), mostra um homem que por uma promessa feita em um terreiro de Candomblé, tenta carregar uma cruz à igreja local, mas é impedido pelo padre ao chegar lá, devido as circunstâncias “pagãs”. A partir daí começa uma disputa entre os praticantes de Candomblé (que o utilizam como símbolo da intransigência da Igreja) e a Igreja, entrando também a mídia sensacionalista com o discurso da Reforma Agrária. Filmaço que perdeu a estatueta pro drama francês Sempre aos Domingos.

O Beijo da Mulher-Aranha

(Hector Babenco, 1985)

O Beijo da Mulher-Aranha foi mais um daqueles casos que só acontecem com o Brasil. Uma co-produção estado-unidense, indicada a quatro oscars: melhor filme (e não melhor filme estrangeiro), melhor diretor, melhor roteiro adaptado (o americano Leonard Schrader), de melhor ator para William Hurt (sendo o único que saiu com a estatueta na mão).
A história de dois prisioneiros (um devido a homossexualidade e outro por motivos políticos) que dividem a mesma cela e que através das histórias inventadas pelo primeiro fogem da triste realidade. O elenco ainda conta Sônia Braga (sempre ela) e Raul Julia.

O Quatrilho

(Fábio Barreto, 1995)

O Quatrilho conta a história de dois casais de imigrantes italianos, em 1910, que resolvem morar na mesma casa. Nisso o marido de um resolve fornicar com a mulher do outro e fugirem para começar vida nova, deixando os cornos pra trás. Típico filme que faz sucesso lá fora, não a toa sendo indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Perdeu pro holandês Antônia.

O Que É Isso, Companheiro?

(Bruno Barreto, 1997)

O filme baseado no livro de Fernando Gabeira conta a história do sequestro do embaixador americano (Alan Arkin, que ganhou o Oscar por Pequena Miss Sunshine), por grupos estudantis durante a ditadura. Com Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Claúdia Abreu, Selton Mello, Matheus Nachtergaele e Luiz Fernando Guimarães. Perdeu novamente para um holandês, o drama Caráter.

Central do Brasil

(Walter Salles, 1998)

Provavelmente a maior chance dos Brasil conseguir o Oscar até hoje. E ironicamente não por melhor filme estrangeiro (já que concorria com o italiano A Vida É Bela, que também concorria a melhor filme), mas por melhor atriz para Fernanda Montenegro. Dessa vez eu posso falar com todas as letras que a estatueta foi roubada das mãos da brasileira para ser dada para Gwineth Patrol (pelo superestismado Shakespeare Apaixonado).

Uma História de Futebol

(Paulo Machline, 1999)

A cerimônia de 2001, além de Central do Brasil, também contava com esse curta metragem que fala sobre a infância de Pelé. Perdeu para o espanhol Eu quero ser.

Cidade de Deus

(Fernando Meirelles, 2002)

Cidade de Deus foi um exemplo claro de quanto somos azarados. Indicado a quatro Oscars: melhor fotografia (César Charlone), diretor (Fernando Meirelles), Edição (Daniel Rezende) e Roteiro Adaptado (Bráulio Mantovani), demos a sorte de concorrer nas mesmas categorias de Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, levaram todas as estatuetas que fora indicado.

Gone Nutty

(Carlos Saldanha, 2002)

E no mesmo ano que Cidade de Deus concorreu, o curta Gone Nutty do brasileiro Carlos Saldanha, perdeu para o argentino Harvie Krumpet.

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